Uma História das Estradas

Hoje fui fazer uma visita a um irmão de nossa igreja que não pode se locomover pois teve um derrame antes de nossa chegada e perdeu a força nas duas pernas o impedindo de caminhar.

O interessante é sempre que o visitamos o encontramos animado sorridente, apesar de seu jeito calmo e lento de falar, na maioria das vezes está otimista e confiante. Mas no caminho para casa do irmão Antonio não pude deixar de notar algo que já tinha chamado minha atenção nas ruas da Venezuela, muitas delas estão esburacadas, literalmente com verdadeiras crateras, prejudicando o transito que já é horrível, pois aqui os sinais e leis de transito não são obedecidos.

Dois adultos, já de meia idade, com mais duas crianças, com pás, carrinho de mão, uma pilha de asfalto e fogo acesso sobre ele. Só fui saber o que ocorria depois que perguntei a um taxista o que estavam fazendo. Eles derretem o asfalto e como fosse um gesto de solidariedade e de cidadania tapam os buracos daquela rua. Interessante que enquanto os adultos fazem o trabalho de forma bem lenta “despacio” as crianças ficam com uns baldes nas cabeceiras e centro das pistas para receber uma ajuda pelo serviço prestado.

Passando de táxi pude ver uma das crianças sorrindo e dançando como se fosse algo maravilhoso sentir o barulhos de algumas moedas estremecer o fundo do balde. Nesta experiência fiquei pensativo em ver essas pessoas fazendo esse trabalho, os motoristas satisfeitos, pois nas muitas vezes que passavam ali e tinham que desviar dos buracos, daqui a pouco teriam a rua concertada, por pessoas que eles nem sabem quem eram, mas estavam ganhando o seu dinheiro de forma honesta e cansativa. Essa é mais uma das ocupações existentes aqui, onde as pessoas vivem de diversas formas, e fazem de tudo para ganharem seu dinheiro.

Miss. Rodrigo Allan